Amante de Marcos Matsunaga é ouvida pela Justiça de São Paulo



Nathalia chegou para depor nesta quarta e não quis falar com a imprensa (Foto: Diogo Moreira/ Frame/ Estadão Conteúdo)
Começou por volta das 10h40 desta quarta-feira (30) a audiência de instrução do processo que apura a morte do empresário Marcos Matsunaga, assassinado em 19 de maio de 2012. A audiência acontece no Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste de São Paulo. De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), a amante da vítima, a modelo Nathalia Vila Real Lima, foi a primeira a ser ouvida pelo juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri. Nathália chegou ao Fórum pouco antes das 10h, com a cabeça coberta para não falar com os jornalistas. O depoimento da testemunha terminou às 12h20, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal. A modelo deixou o Fórum pela porta dos fundos, sem falar com a imprensa. Não foram divulgadas informações sobre o conteúdo do seu depoimento. A pedido da modelo, ainda segundo o TJ-SP, Elize Matsunaga - acusada de matar e esquartejar o empresário do ramo alimentício após descobrir a traição do marido com a modelo - foi mantida fora da sala de audiência. Após uma pausa de cerca de 30 minutos, Elize deverá ser ouvida. A bacharel em direito Elize Araújo Kitano Matsunaga está presa preventivamente. O crime foi cometido em 19 de maio de 2012 no apartamento onde o casal morava com a filha de um ano, na Zona Oeste da capital paulista. O advogado Luiz Flávio D'Urso, contratado pela família de Marcos, afirmou na manhã desta quarta-feira que pedirá que Elize seja ouvida apenas após a exumação do corpo da vítima, que estaria prevista para os próximos dias, segundo o assistente de acusação. A afirmação foi feita na chegada de D'Urso ao Fórum da Barra Funda. Apesar da intenção de pedir o adiamento do depoimento de Elize devido à exumação, o advogado afirmou não acreditar que uma nova perícia traria novidades para o caso.
"Considerando que foi deferido o pedido de exumação, penso que o ideal seria primeiro realizar a exumação, fazer nova perícia e depois o interrogatório de Elize. Até porque o interrogatório do réu é o último ato da instrução. Assim sendo, seria uma inversão de provas realizar o interrogatório dela hoje, posteriormente a perícia complementar consequente da exumação e depois, certamente, um novo interrogatório. Isso atrasaria ainda mais o processo", disse D'Urso. Quando questionado sobre a intenção de D'Urso de pedir o adiamento do depoimento de Elize, o promotor José Carlos Cosenzo se mostrou contrário à medida. "É um direito que ele tem. Eu sou contrário. Penso que deve ser feito o interrogatório, até porque não há nenhum fato novo que possa modificar [o depoimento]", afirmou, antes de entrar na sala de audiência. Cosenzo reafirmou ainda a tese da existência de uma terceira pessoa na cena do crime. "A certeza material nós temos, agora cabe ao Ministério Público e à polícia identificar essa pessoa.Temos um rol grande de suspeição, mas ele está se afunilando”, afirmou. De acordo com o promotor, o prédio que que moravam Marcos e Elize permite a saída de pessoas sem o registro pelas câmeras de segurança. Também na entrada do Fórum da Barra Funda, o advogado de Elize, Luciano Santoro, afirmou, antes de entrar na sala de audiência, que a sua cliente foi orientada a falar a verdade. “Ela está ansiosa para falar”, disse. (G1)

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